A importância do trabalho humano na segurança dos condomínios

Um assalto a apartamentos de alto padrão em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, escancarou a vulnerabilidade mesmo em locais com forte monitoramento por câmeras e portarias automatizadas. O episódio reforça um ponto muitas vezes negligenciado: a presença de profissionais humanos — como zeladores, porteiros e seguranças — ainda é insubstituível para garantir a segurança real nos condomínios.
Durante a ação criminosa, o zelador do prédio teve um papel crucial ao notar, por meio das câmeras de segurança, uma movimentação suspeita nos andares superiores. Ele não hesitou: agiu rapidamente para tentar impedir o roubo, mesmo colocando sua própria integridade física em risco. Sua intervenção resultou em uma luta corporal com os criminosos, durante a qual foi agredido com um soco, gerando tumulto e gritaria no edifício.
Enquanto isso, outro funcionário, um porteiro, também foi agredido, sofrendo um soco no rosto que o deixou ferido e precisou de atendimento médico. Mesmo assim, os profissionais continuaram agindo em meio ao caos.
Na sequência da fuga, zeladores de prédios vizinhos foram essenciais na captura de um dos criminosos, perseguindo e imobilizando o suspeito até a chegada da polícia. Essa reação rápida e coordenada entre os funcionários mostra que o comprometimento humano vai muito além do que sistemas automatizados podem oferecer.
Ainda que o prédio fosse vigiado por várias câmeras e equipamentos de segurança, a atuação decisiva e corajosa dos funcionários foi o que realmente impediu que a situação tivesse consequências ainda mais graves.
Esse caso mostra que a tecnologia é uma ferramenta importante, mas é o olhar atento, a intuição e a ação humana que fazem a diferença em momentos críticos. Investir em pessoal qualificado, valorizá-lo e reconhecê-lo como parte essencial da segurança deve ser prioridade em qualquer condomínio.
Fonte: Folha de São Paulo